A violência, seja física, verbal ou emocional, muitas vezes funciona como uma espiral: começa de forma quase imperceptível e, se não interrompida, cresce de maneira incontrolável, afetando todos ao redor. Essa espiral pode se manifestar em diferentes contextos – em relações familiares, profissionais, ou até mesmo na nossa relação consigo mesmo.
Quando falamos de violência, é importante lembrar que não estamos tratando apenas de atos extremos. Pequenos comentários depreciativos, desrespeitos constantes ou agressões verbais são formas de violência emocional que, ao se acumularem, podem destruir a autoestima e o bem-estar de qualquer pessoa.
É como um efeito dominó. Um empurrão inicial — que pode ser um insulto, uma crítica destrutiva, ou mesmo o silêncio em momentos de necessidade — leva a uma sequência de acontecimentos que, ao final, resulta em uma queda emocional significativa. Cada peça do dominó é uma escolha: manter o ciclo ou interrompê-lo. Quanto mais tempo esse ciclo continua, mais difícil pode ser encontrar a saída.
No centro dessa espiral, existe o medo e a culpa. Muitas vezes, a pessoa que sofre violência emocional se vê presa, acreditando que é responsável pela situação ou que as coisas poderiam ser piores. Essa percepção pode paralisar a busca por ajuda, e o ciclo se mantém, como uma bola de neve que cresce a cada nova agressão, aumentando a sensação de desamparo e dor.
É aqui que a psicoterapia entra como um ponto de ruptura. Compreender as dinâmicas dessa espiral é o primeiro passo para quebrá-la. Na terapia, exploramos como esses padrões se formam, identificamos as raízes e trabalhamos para construir novas formas de se relacionar e reagir. A violência emocional não define quem você é, e o seu bem-estar deve sempre ser uma prioridade.
A cada sessão, você aprende a reforçar suas barreiras emocionais, a reconhecer os sinais de desrespeito e a cultivar relacionamentos saudáveis, baseados no respeito e na empatia. A psicoterapia oferece o suporte necessário para que você possa reverter o ciclo, voltando ao controle de sua própria história e criando uma narrativa de crescimento e bem-estar.